No início, música
Logo na entrada, música. Com os ingressos em mãos – que esgotaram no dia anterior – os espectadores se dirigiam para os assentos ao som da discotecagem do DJ Johnny Freitas. Enquanto tomavam os lugares, os presentes conheceram o novo cenário do FUC, todo decorado com luzes Led, planejadas pelo iluminador profissional Lucas Amado, de Curitiba. A cada momento ou música apresentada, as luzes tomavam cores diferentes, para introduzir um novo clima no ambiente. O Festival começou com apresentação de Vivian Bueno, vencedora da 34ª edição, e Julio Mano, que homenagearam as cantoras Rita Lee e Gal Costa (in memorian). As homenagens se estenderam a Helcio Kovaleski e Flávio Fanucci, ativistas culturais que acompanharam as edições dos Festivais da Canção e Nacional de Teatro (Fenata).
O sucesso se refletiu no número de presentes: foram 700 ingressos no total, entre vendidos e distribuídos. A plateia assistiu à apresentação da jurada Geanine Romanovski, com a música “Fusão de Duas Gerações”, que deu a ela o prêmio do FUC em 1983. Retornar ao Festival 40 anos depois foi uma alegria e emoção grandes para ela. “É um privilégio subir ao palco cantando a música de uma forma totalmente diferente e numa outra posição. É uma responsabilidade também por ser júri, mas sempre uma alegria muito grande. Meu coração está explodindo de emoção”, descreve musicista, que veio de Palmas, Tocantins, para o FUC. O melhor do FUC, segundo Geanine, é a coragem que os intérpretes têm de subir ao palco. “E nós estamos aqui para apoiar, para fazer o nosso melhor, e estar aqui é muito significativo, pois foi aqui que comecei minha carreira em Festivais”, adiciona.
O FUC 2023 é um Festival de renovação, para o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto. “No ano passado, nós tivemos um fluxo um pouco abafado pelas máscaras e limitação de pessoas na plateia. E esse ano estamos sem máscaras. Estamos aqui para cantar a plenos pulmões todas as músicas”, celebra. Alegria é a palavra de ordem. “Alegria por estarmos vivos, por cultuarmos a arte, por estarmos em um país mais democrático e defendermos a cultura, porque defendemos a universidade pública, a educação, o meio ambiente e os direitos humanos”, destaca.
A UEPG é um expoente e um celeiro para revelação de novos artistas, para Sanches Neto. “A instituição está de parabéns pelo que aconteceu aqui, com uma diversidade muito grande de estilos. Historicamente, sempre fomos um celeiro de talentos em várias áreas e na música não poderia ser diferente”. O fato do 35º FUC ser regional contribuiu para a valorização de artistas locais. “O FUC sempre foi um espaço para que talentos se manifestassem e agora, com esse foco regional, nós conseguimos, mais do que em outras épocas, valorizar os talentos locais”, completa o reitor.